O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), causou polêmica ao fazer um comentário durante a abertura da Festa Pomerana, em Pomerode, cidade conhecida como “a mais alemã do Brasil”. No discurso, Jorginho destacou a “cor da pele” da população local, associando-a à preservação das tradições culturais germânicas.
A fala e a repercussão
“Quando venho aqui, fico encantado com a cultura, as tradições e, é claro, com a cor da pele, que demonstra o orgulho da herança germânica”, disse o governador. O comentário gerou reações mistas nas redes sociais e entre líderes políticos. Críticos afirmam que a fala pode ser interpretada como uma exaltação racial, enquanto apoiadores apontam que ele apenas destacava a preservação da cultura local.
O evento e o contexto histórico
A Festa Pomerana celebra anualmente as tradições alemãs, com desfiles, danças típicas e gastronomia tradicional. Pomerode, fundada por imigrantes alemães no século XIX, é conhecida por sua forte ligação com as raízes germânicas, visível na arquitetura, nos costumes e na língua falada por parte da população.
Jorginho Mello utilizou o evento como oportunidade para exaltar o potencial turístico e cultural de Santa Catarina, estado que recebe muitos visitantes por suas festas típicas.
Controvérsias e reflexões
Especialistas em diversidade cultural ressaltam que o cuidado com a linguagem é essencial ao abordar questões relacionadas à etnia e identidade cultural. Comentários como o de Jorginho podem ser mal interpretados ou perpetuar estereótipos, mesmo que feitos sem intenção.
A fala reacendeu debates sobre identidade, imigração e diversidade no Brasil, um país marcado pela miscigenação e pela pluralidade cultural.
