
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos provocou a disparada do dólar no fim de 2024, impactando o preço dos combustíveis e dos alimentos no Brasil. Segundo ele, a valorização da moeda americana, que chegou a R$ 6,10, aumentou os custos da gasolina e do diesel, já que o país exporta esses produtos. Além disso, ele criticou a privatização das refinarias, apontando que empresários priorizam o lucro em vez da estabilidade dos preços.
Haddad destacou que os preços devem cair com a recente queda do dólar para R$ 5,80 e a previsão de uma safra recorde para 2025, o que ajudaria a reduzir o custo dos alimentos. Outro fator citado é o fim do ciclo do boi, período em que pecuaristas diminuem o rebanho, o que pode levar à queda nos preços da carne. O ministro também defendeu que o preço da gasolina hoje é menor do que no governo Bolsonaro, ressaltando que as comparações devem levar em conta os reajustes e cortes anteriores da Petrobras.
Apesar das projeções otimistas, a Petrobras anunciou um aumento de mais de 6% no preço do diesel para distribuidoras, elevando o valor para R$ 3,72 por litro a partir de 1º de fevereiro. A última alteração havia ocorrido em dezembro de 2023, quando a estatal reduziu o preço em 7,9%. O governo segue acompanhando o impacto da cotação do dólar e dos fatores climáticos, como a seca no Rio Grande do Sul, que também influenciou o preço da soja e, consequentemente, da proteína animal.